Núcleo de Estudos da Infância e Juventude: Este Estado social não é para jovens (seminário OPJ)

13 de fevereiro de 2012

Este Estado social não é para jovens (seminário OPJ)

Seminários Mundos Juvenis

15 de Fevereiro

ICS, Piso 0, sala 1
Horário: 17H30

Coordenação: Maria Manuel Vieira e Vítor Sérgio Ferreira
ICS-UL

Este Estado social não é para jovens

Hugo Mendes (CESNOVA – FCSH/UNL)

Resumo: Os Estados sociais dos países prósperos aprenderam a viver, desde há cerca de duas décadas, num regime de permanente dificuldades financeiras. Embora as despesas sociais tenham atingido, na maioria dos países, um tecto que se mantém relativamente inalterado, os problemas sociais a que os Estados sociais são chamados a dar resposta não diminuíram; pelo contrário, a somar aos riscos tradicionais a que os Estados sociais deram historicamente resposta - velhice, invalidez, doença e desemprego -, surgiram novos riscos que colocaram pressão financeira, institucional e política sobre a arquitectura de sistemas públicos tradicionalmente difíceis de reformar: o fenómeno da exclusão social; a entrada massiva das mulheres no mercado de trabalho; o problema dos trabalhadores pobres; o desemprego de longa duração; e a inserção profissional e protecção social dos jovens.

Resumo completo

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Apresentação e Objectivos

O NEIJ surgiu em 2009, no âmbito do CRIA, em simultâneo à realização de um Painel Temático no IV Congresso da APA.

Objectivos gerais:

- integrar o debate epistemológico sobre crianças, infância e juventude no âmbito das ciências sociais, salientando o contributo teórico e metodológico da Antropologia;
- promover uma metodologia de investigação etnográfica e participativa no estudo das crianças e dos jovens, de acordo com os avanços que a sociologia e a antropologia têm realizado nas última décadas;
- dar visibilidade a esta área de estudos e à diversidade das suas temáticas, incentivar a investigação e produção científica, fomentar o intercâmbio entre investigadores e estudantes, instituições estatais e organizações da sociedade civil, a nível nacional e internacional.

Objectivos práticos

- Partilha online (mailing list e blog) de informações sobre eventos nacionais e internacionais, projectos, concursos, novas publicações;
- Disponibilização online (mailing list e blog) de informações sobre os percursos de formação nesta área, disponíveis a nível nacional e internacional;

- Disponibilização online (mailing list e blog) de materiais teóricos, metodológicos e deontológico relevantes para a área de estudo;

- Estímulo à reflexividade científica no âmbito do campo temático, através da i) realização de seminários periódicos para leitura e discussão de textos de importância central e apresentação de pesquisas; ii) organização de eventos divulgativos (palestras, simpósios, mostras de filmes, exposições); iii) organização de um simpósio anual, com apresentação de trabalhos dos membros;

- Divulgação da antropologia da criança e da juventude em Portugal, e criação de espaços no meio académico e na área da intervenção social para esta áreas de estudo. De facto, a contribuição que esta abordagem pode dar à compreensão de fenómenos marcantes da contemporaneidade, e, consequentemente, à elaboração de intervenções sociais eficazes é notável. Pelo que achamos importante divulgar as competências do núcleo e dos seus membros visando ao desempenho de actividades de consultoria em projectos de intervenção social.

- Promoção da análise crítica acerca das políticas culturais da infância e da juventude em Portugal;

- Criação de possibilidades para uma circulação peer to peer de materiais relacionados com a área (cada membro disponibiliza a listagem dos seus recursos bibliográficos para serem emprestados por breves períodos a outros membros do Núcleo);

- Incentivo à participação dos membros nas actividades gerais do CRIA (working papers, seminários de investigação);

- Criação e gestão de um espaço do Núcleo na internet que inclua: partilha de informação bibliográfica e calendário de eventos; CV e biografias académicas dos membros; ligações a páginas de interesse;

- Elaboração conjunta de projectos de investigação nacionais e participação em programas nacionais de financiamento;

- Criação/integração de redes de pesquisa através do estabelecimento de laços com outros centros e investigadores, nacionais e internacionais, com possível formação de consórcios para acesso a programas de financiamento europeus (FP7, Norface);

Áreas de Estudo

O NEIJ não pretende identificar a área dos Estudos da Criança e da Juventude como um âmbito circunscrito de investigação antropológica, considerando essencial a promoção do diálogo com investigadores de outras áreas disciplinares e com antropólogos que pesquisam outras temáticas, bem como de parcerias com outras instituições activas neste campo temático. Além disso, reconhece-se que por serem actores emblemáticos da tensão entre estrutura e agencialidade, entre reconhecimento de direitos e autonomia individual, o estudo de jovens e crianças tem relevância no âmbito mais alargado da teoria e prática antropológica, bem como para as ciências sociais na sua globalidade.

Convidamos a participar nas actividades do Núcleo investigadores de todos os níveis e de todas as áreas disciplinares cujo trabalho seja relacionado, entre outros, com:

- culturas infantis e juvenis;

- análise de relações intra e intergeracionais;

- politicas culturais da infância, da juventude e da família;

- análise dos contextos educativos escolares e não escolares;

- análise das politicas públicas e das intervenções sociais com crianças, jovens e agregados familiares;

- reconstrução sócio-histórica das transformações das noções de criança e infância(s), jovens e juventude(s);

- metodologia e epistemologia desta área de estudo.

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